À medida que a semana avançava, eu me pegava cada vez mais inquieto. A preocupação com a segurança de Margarida vinha crescendo como uma sombra silenciosa. Eu faria o que fosse necessário para manter minha esposa protegida.
Por sorte, meus pais estavam chegando de viagem naquele dia para ficar com as crianças durante os dias em que teríamos que ir ao fórum, só essa ajuda já me tirava um peso dos ombros.
— Amor, pode me ajudar aqui? Ele não fica quieto.
Sorri.
Nosso bebê balançava as perninhas com uma energia inesgotável enquanto ela tentava, sem sucesso, vestir a roupa nele. Aproximei-me, peguei o enorme cachorro de pelúcia e o ergui no alto. O olhar dele se fixou imediatamente, como se aquilo fosse o espetáculo do ano. Foi o tempo perfeito para ela terminar de abotoar o macacão de dinossauro, que ficou uma gracinha nele, ainda mais com aquelas bochechas redondinhas escapando pela gola.
— O que houve? Por que está tão calado? — ela perguntou, estreitando os olhos para mim.
— Nã