Margarida
O ar estava pesado. Para dizer o mínimo.
Quase um mês havia se passado desde que tudo aconteceu, e estávamos sentados conversando sobre um novo projeto. As pessoas falavam sobre o trabalho, mas seus olhos diziam o que não conseguiam verbalizar. Todos pareciam confusos, chocados e, alguns, até aliviados pelo que estava acontecendo.
João ainda estava sendo procurado pela polícia e deveria prestar sua versão dos fatos, embora suas fraudes já estivessem comprovadas.
E Gabriella… bem, ela não estava. Não por ter saído da empresa, nem por estar presa ou algo do tipo. Segundo as informações, simplesmente não aparecia desde a semana passada.
— Então, é isso, pessoal. Vamos encerrar por hoje — falei.
Como eu e Ronaldo somos os maiores acionistas da empresa, agora sou eu quem está no comando. Mas, somente hoje, me sentei na cadeira da presidência. Os outros acionistas pareceram gostar da ideia, e todos vieram me cumprimentar.
Quando a sala ficou vazia, respirei fundo e caminhei até a