Sob o olhar surpreso de Pedro, continuei dizendo:
— Pedro, você me dá nojo.
Pedro, tomado pela raiva e vergonha, veio em minha direção, mas foi empurrado de volta pelo meu irmão mais velho, cambaleando alguns passos. Ele gritou:
— Eu já te pedi desculpas! O que mais você quer?
— Você não era assim antes... Você, claramente...
Ele não terminou a frase, mas eu entendi o que queria dizer.
Aproximei-me dele. Vi o sorriso surgir em seu rosto com a minha aproximação e, sem hesitar, dei-lhe um tapa no rosto.
Ao ver sua expressão de incredulidade, sorri.
— Você realmente achou que bastava pedir desculpas para que eu te perdoasse e voltasse com você?
— Antes, eu te amava tanto, amava a ponto de sair do país por você, de ter um filho por você, de suportar a humilhação da sua família comigo e até de aguentar você entrando repetidas vezes no quarto da Violeta.
— Mas, Pedro, você devia saber, o amor se desgasta. Você me feriu tantas vezes e ainda espera que eu te ame como antes?
Pedro foi recuando,