Noivo da Máfia? Eu Não O Quero Mais!
Noivo da Máfia? Eu Não O Quero Mais!
Por: Maria Franco
Capítulo 1
Quando conheci Pedro, ele era Capo da Família Lacerda e seu irmão era o Capodeicapi.

Nas festas das famílias da Máfia, todas as mulheres voltavam seus olhares para o irmão dele, todas querendo ser a mulher do Capodeicapi.

Só eu percebi Pedro, bebendo sozinho num canto, e estendi a mão para ele, convidando-o para dançar.

Diziam que eu era ousada, calculista, que estava me vendendo para fazer com que minha Família Gomes se aliasse aos Lacerda.

Mas eu realmente me apaixonei por Pedro.

Apaixonei-me tanto que, mesmo apenas noivando, quis dar a ele nosso filho, Bryan Lacerda.

Apaixonei-me tanto que, para que ele pudesse se tornar o novo Capodeicapi da Família Lacerda, suportei sessenta vezes vê-lo ir ao quarto de Violeta durante a noite.

Só ao ouvir a notícia do casamento de Pedro e Violeta, percebi que ele nem mesmo tinha mais energia para me enganar.

Depois de colocar meu filho para dormir, fui até a varanda e abri o celular para reservar uma passagem de avião para o exterior.

Fiquei um instante olhando para a data da passagem: em sete dias, seria Natal, e o dia da minha partida coincidia com o aniversário do nosso noivado.

Tudo parecia uma grande coincidência.

Aquele dia marcou tanto o começo quanto o fim.

Assim que desliguei o celular, caí nos braços largos e quentes de alguém, com um forte aroma de rosas.

Pedro me abraçou, me pressionando contra o parapeito da varanda, e murmurou ao morder meu lóbulo da orelha:

— Está frio lá fora, o que faz aqui?

Olhei para o celular já desligado e respondi, tranquila:

— Estou olhando as estrelas.

Desde pequena, sempre amei observar as estrelas. Minha terra natal era um lugar onde chuvas de meteoros podiam ser vistas com frequência. Pedro havia prometido me acompanhar todas as noites para ver as estrelas, mas desde que Violeta apareceu, ele já havia esquecido essa promessa infantil há muito tempo.

O cheiro de rosas da Violeta sempre impregnava seu corpo.

Desconfortável, me desvencilhei de seus braços:

— Tome um banho antes de falar comigo.

Pedro também percebeu o cheiro em si mesmo e, um pouco constrangido, se afastou:

— Yolanda, eu tenho te deixado de lado ultimamente. Sei que estou errado, mas você sabe que tudo isso é pelo futuro nosso e do Bryan.

Que piada. Pedro só pensava no próprio poder, mas sempre dizia que era por mim e por Bryan.

Após o banho, Pedro voltou só de toalha, enrolada frouxamente na cintura, os ombros largos, a cintura forte e definida, e aquela linha que descia até onde minha imaginação alcançava.

Tudo aquilo que um dia me enlouqueceu, agora me dava repulsa.

Pois na lateral da cintura, vi marcas vermelhas de unhas, sinal do que acabara de acontecer entre eles.

Vendo meu olhar fixo nas marcas, Pedro sorriu de canto e veio se deitar sobre mim.

— Yolanda, hoje vou ficar só com você, não vou a lugar nenhum.

A voz era a mesma de sempre, mas eu sabia: aquele Pedro diante de mim já não era mais o jovem que só tinha olhos para mim.

Cerrei os punhos, lutando contra o impulso de empurrá-lo para longe.

Por sorte, nesse momento bateram à porta, interrompendo os beijos no meu pescoço.

— Capo, a Sra. Violeta não está se sentindo bem, por favor, vá vê-la.

Pedro se levantou de mim num salto, os olhos cheios de ansiedade e preocupação, já saindo apressado enquanto dizia:

— Como vocês cuidam da Violeta? Chamem o médico da família agora! Se acontecer alguma coisa com ela, todos vocês serão punidos!

Já quase indo embora, Pedro lembrou-se de mim e voltou, com ar de desculpas:

— A Violeta não está bem, preciso ver como ela está. Prometi ao meu irmão que cuidaria dela.

Olhei nos olhos de Pedro por um tempo e disse suavemente:

— Pedro.

As sobrancelhas dele se franziram. Antes, sempre que ele me deixava à noite, eu ficava com ciúmes, ele me acalmava com algumas palavras, e hoje pretendia fazer o mesmo, mas fui mais rápida.

Coloquei um casaco sobre seus ombros e arrumei o cabelo dele, dizendo:

— Logo você será o Capodeicapi da Família Lacerda, cuide da sua imagem.

Minha consideração de sempre o tranquilizou para ir atrás de Violeta, abandonando-me sem culpa no quarto, achando que eu, como tantas outras vezes, ficaria esperando por ele.

Só que dessa vez, ele se enganou.
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