Daphne
Carl correu para o meio da rua feito um louco, acenando freneticamente para os carros que passavam, enquanto tentava, com mãos trêmulas, ligar para a emergência. O caos ao nosso redor parecia congelar, como se o tempo tivesse decidido respeitar o drama daquele momento.
Eu sabia que sair do veículo naquela noite era um risco. A imprensa descobriria. Meu rosto estampado em todas as manchetes, meu retorno anunciado antes que eu mesma contasse a Haiden. Mas nada disso importava agora. Rosália desmaiara em meus braços.
— Mãe… – sussurrei desesperada, sacudindo-a com cuidado, como se o simples toque pudesse trazê-la de volta. – Por favor, não agora… não, não, não você também.
O peso do passado caiu sobre mim como um raio. Eu já segurara Greta assim, sentindo a vida escapar de seus olhos. E agora, temia viver aquele pesadelo mais uma vez.
Carl se ajoelhou ao meu lado, pegou Rosalía nos braços e correu. Seus passos firmes ecoavam pela rua como marteladas em meu peito. Levantei num