Haiden.
Claus estava aqui, parado na minha frente, após cinco longos anos longe sem dar nenhuma notícia. Ele voltou sem motivos quaisquer ou explicações que me convençam da sua volta repentina.
Falo dele como alguém que se refere a um lobo vadio, que ocasionalmente aparece na sua casa, rouba sua comida, deixa uma bagunça infernal e depois desaparece na floresta. Selvagem, imprevisível, mas nenhum pouco desequilibrado. Claus não dava passos em falsos, tudo o que ele fazia tinha um motivo, só que dessa vez eu não fazia ideia de que motivo o traria de volta.
— Como estão os trabalhos na Suíça – perguntei, inclinando meu rosto para olhá-lo.
Claus passou as mãos sobre os cabelos e demorou para responder enquanto colocava as malas no carro.
— Estou aposentado – ele disse, virando para me oferecer um breve olhar – não estou aqui a trabalho.
— E está aqui por quê?
Ele parou o que estava fazendo e olhou para mim, suspirando como se eu estivesse testando sua paciência, mas tinha algo nel