Augusto
A risada ecoava no telefone, carregada de uma satisfação doentia que só alguém como Augusto poderia sentir. Do outro lado da linha, eu sabia que Lucas estava sorrindo. Ele sempre sorria, especialmente quando sabia que suas jogadas maquiavélicas estavam funcionando.
— Então, já estão em casa? — Lucas perguntou, com a voz leve, quase casual, como se estivessem falando de algo banal.
Eu ri, mas o som não tinha nada de humor. Era puro escárnio, carregado do orgulho que sentia pelo nosso plano estar funcionando tão bem.
— Exatamente como previsto. A princesinha e o maridozinho dela voltaram correndo para o ninho. — Minha voz saiu baixa, calculada, do jeito que eu gostava. Cada palavra era como um veneno pingando na mente de Lara e Alexandre, mesmo que eles não pudessem ouvi-la diretamente.
Lucas riu do outro lado, um som que misturava cinismo e uma pontada de empolgação.
— Ela deve estar em pedaços agora. Não que isso me surpreenda. A Lara sempre foi uma alma fraca, dependente. Nã