61. Surpresa insperada
Cheguei cedo ao escritório naquela manhã, ainda cansada da noite mal dormida. Meus pensamentos continuavam em Kairos, e cada vez que lembrava de como ele havia me segurado no jardim, o coração acelerava de um jeito que eu não sabia explicar. Eu me sentia atraída e ao mesmo tempo assustada, como se estar perto dele fosse caminhar sempre na beira de um precipício.
Ao entrar no andar da empresa, estranhei encontrar René encostado na minha mesa, mexendo em alguns papéis que não eram dele. Ele me esperava, e a expressão em seu rosto não era casual. Franzi o cenho e caminhei até ele.
—Bom dia… —disse, incerta.
René levantou os olhos e, em vez de responder, levou o dedo indicador aos lábios, pedindo silêncio, e com a outra mão fez um sinal para que eu me aproximasse. Confusa, segui o gesto, e ele se inclinou levemente para mim.
—Victoria está na sala do Kairos —sussurrou.
Arregalei os olhos.
—O quê?
Ele confirmou com um movimento de cabeça, como se não fosse apenas um boato. Senti um