10. Quando o Controle se Rompe
Quando retornei para dentro do salão, eu caminhei entre as mesas, tentando manter a compostura, mesmo que minha mente ainda ecoasse com as palavras de Kairos momentos antes.
Ele estava cercado de alguns assessores e empresários, a postura impecável, o terno cinza perfeitamente alinhado. A gravata prata refletia a luz como se fosse parte da aura impenetrável que ele carregava. Observá-lo em meio àquele círculo de homens e mulheres de influência me fez perceber o quanto sua presença dominava os espaços — ele não apenas participava das conversas, ele as guiava.
Respirei fundo, criando coragem, e me aproximei do grupo. Um dos homens, um senhor de cabelos grisalhos penteados para trás, me olhou com um sorriso aberto assim que percebi sua atenção voltar-se para mim.
— Quem é essa jovem linda? — perguntou, o olhar curioso, mas cortês, varrendo-me de cima a baixo.
Por um instante, hesitei. Mas antes que eu pudesse responder, senti o olhar de Kairos de relance, frio e calculado. Ele ergue