— A Freya…
As palavras mal saíram da boca de Daniel e Mark pisou com força no freio. Os pneus chiaram contra o asfalto.
— Me desculpe, senhor Falkner! — Ele se apressou em dizer, com o suor frio escorrendo pelas costas.
Inesperadamente, Daniel não se irritou. Apenas ergueu o olhar e o fitou pelo retrovisor.
— Isso é realmente tão chocante assim?
As mãos de Mark tremiam no volante.
Chocante? Não era bem isso. Era algo que desmontava tudo o que ele achava que sabia.
Mas ele não ousou dizer o que pensava. Suavizou as palavras:
— É que… parece que o senhor trata a senhorita Jarman muito bem. Melhor do que trata a senhorita Seymour…
— Porque ela tomou uma facada por mim. — Respondeu Daniel.
Massageou as têmporas e se recostou no banco de couro. Do lado de fora, as luzes da cidade passavam, refletindo no perfil firme de seu rosto. Os olhos, normalmente frios e controlados, traziam um raro traço de cansaço.
Fechou os olhos e as lembranças voltaram, como uma onda.
Ele era o ga