A Caçada Começa
A manhã seguinte chega fria e cinza, sem a promessa de sol. Eu caminho pelos corredores da fazenda, a tensão ainda estampada no meu rosto.
A reunião com Arturo e os outros ainda paira sobre mim, uma lembrança do peso do que estamos prestes a fazer.
Cada passo parece mais pesado, como se o próprio chão estivesse sentindo o peso das decisões que temos pela frente.
A casa está em silêncio, o que é raro. Normalmente, o som das atividades diárias ecoa pelos corredores, mas hoje, há apenas o murmúrio distante de passos e vozes.
Eu sei que todos estão se preparando, mas a ideia de que estamos indo para a caça me deixa inquieto.
Não sei se é o medo de falhar, de ser o responsável por falharmos, ou se é o ódio que cresce dentro de mim.
Um ódio tão grande que transborda, que me consome, me faz questionar até onde sou capaz de ir para proteger o que é meu.
A explosão, o ataque, as mulheres quase perdidas para sempre, a dor. Cada uma dessas lembranças me aperta o peit