Raízes de Esperança
O sol ainda se espreguiçava sobre os campos quando as primeiras vozes infantis ecoaram na varanda da casa principal.
Risadas tímidas, passos apressados e olhos curiosos pareciam varrer os últimos vestígios da madrugada tensa.
No refeitório, Camila organizava as mesas com Mariana e Gabriel. A comida era simples, mingau com mel, pão fresco e chá, mas o cheiro aquecia mais que qualquer fogueira.
Todos sabiam que o corpo precisava repousar, mas o coração...
Esse queria respirar.
— Nunca vi um grupo se recompor tão rápido. Comentou Camila, observando os pequenos organizarem seus pratos em silêncio respeitoso.
— Eles sabem que fizeram algo grande. Respondeu Mariana.
— Pela primeira vez se sentiram parte da proteção, não apenas alvos.
Gabriel concordou, mas não disse nada. Seu olhar se perdeu por um instante na direção da colina, onde Joana e Paola já desenhavam no chão os primeiros esboços da tal peça teatral.
Luna caminhava descalça até o campo sul. A grama ainda mo