Nikolai.
Ava ainda o encarava com um certo choque. Apertei seus dedos e a tirei do seu devaneio. Ela passou a língua nos lábios e correu os olhos por mim, antes morder o canto da boca nervosa.
— Ava, querida. — Ele disse, respirando fundo e se aproximando.
Ava aceitou o abraço, mas se afastou rapidamente e franziu o nariz.
O homem a encarou de cima a baixo e depois me olhou, confuso.
— O que está fazendo aqui, querida? — Ele perguntou. — Como? Por Deus, Ava! Estive preocupado.
Dei uma risada e o encarei por alguns segundos.
— Essa desculpa esfarrapada não vai funcionar. — Eu avisei, segurando os dedos de Ava e cruzando-os com os meus. — Não é, amor?
— Eu já sei de tudo, pai. — Ela fungou.
Seu nariz estava vermelho, assim como suas bochechas. Seus olhos estavam tomados pelas lágrimas e ela mantinha uma expressão de dor no rosto.
— Ava, querida.. — ele tocou os ombros dela. — Você não pode acreditar em tudo o que esse homem diz, eu sou o seu pai. — ele me encarou com desdém. — Afinal, q