Eu começava a sentir meu corpo ceder.
— Eu não posso continuar com isso. — Sussurrei.
— Por quê?
— Isso envergonharia a nossa família... Você e a mamãe jamais me perdoariam.
— Quando foi que colocamos esse peso em você? Quando te fizemos sentir assim? — A dor no rosto dele, ao franzir a testa, me cortou por dentro.
Na verdade... nunca.
— O pai é da matilha? — Ele perguntou com calma, mas percebi o esforço que fazia pra parecer tranquilo. Seus punhos cerrados diziam o contrário.
— Não.
— Alguém de quem eu não aprovaria?
Sim, provavelmente... mas eu não podia dizer. Simplesmente não conseguia.
Já estava humilhada o suficiente, não precisava envolver os Varon nos pecados da família Arancea.
— Foi só uma vez... — Fechei os olhos com força, sem coragem de encarar a reação do meu pai. Que pai quer saber que sua filha dormiu com outro homem?
— Cleo. — Ele rosnou.
— E... ele era humano. — Fiz questão de jogar a última bomba, a informação que selaria de vez a conversa.
Seus olhos escuros de alf