— Sim. — Ela respondeu baixinho, movendo-se devagar até sua cadeira, com a bengala batendo contra o piso de madeira.
— Por quê?
— Viver escondida cobra seu preço.
— Escondida de quem?
— Sua mãe não lhe contou? — Um suspiro alto escapou dela, pois até sentar-se parecia doloroso.
— Não, ela disse que você responderia às minhas perguntas, que seria bom ouvir o que você tinha a dizer. Que me ajudaria a entender por que ele teve que morrer.
— Quem?
— Abel...
— Vou responder às suas perguntas, mas primeiro, ele precisa beber isso.
— Não, eu não estou disposta a permitir que ele beba isso...
— Então, sua viagem até aqui foi em vão. — Ela virou o rosto para o outro lado, voltando a atenção para a janela panorâmica, dando por encerrada nossa conversa e visita.
— Tudo bem... lamentamos tê-la incomodado. — Segurei a mão de Kit e comecei a puxá-lo em direção à porta da frente.
Eu não deixaria Kit se machucar, não com o que havia naqueles frascos... Teríamos que encontrar nossas respostas de outra