Enquanto me movia pelo quarto, meus olhos pousaram na porta do banheiro. Um instinto me dizia que ali poderia estar minha única chance. Entrei com o coração acelerado, os dedos tremendo ao inspecionar cada detalhe. Foi então que percebi: janelas pequenas, no alto da parede. Estreitas, mas... talvez grandes o suficiente para que eu passasse.
Arrastei-me até a banheira, subindo com dificuldade, cada músculo tenso. Quando toquei o vidro gelado, senti o vento frio atravessar a fresta, como um sopro de liberdade. Forcei a janela. Estava emperrada, mas finalmente cedeu, rangendo baixo.
O ar fresco bateu no meu rosto, enchendo-me de coragem e medo ao mesmo tempo. Olhei para baixo e o choque me paralisou por um instante. Era alto demais. Quatro metros, talvez mais. Se eu caísse mal... poderia me machucar seriamente. Mas ficar não era uma opção.
— Você consegue, Olivia... — murmurei para mim mesma.
Apoiei os braços na moldura, empurrando meu corpo pela abertura estreita. O metal gelado queimav