Sophie olhou entre nós dois, cruzando os braços e se posicionando entre mim e Marcelo, como se estivesse pronta para me proteger de qualquer ataque.
— Isso não é da sua conta, vadia. — Marcelo cuspiu as palavras, a voz carregada de veneno.
— Ah, mas é sim. — Sophie rebateu, firme. — Você está na casa da minha melhor amiga, despejando um monte de besteiras que ela não merece ouvir. Eu ouvi tudo, Marcelo.
Ele franziu a testa, olhando para ela com irritação.
— Eu só disse a verdade. Alguém precisa dizer.
— Verdade? — Sophie deu um passo à frente, os olhos faiscando. — Isso não é verdade, é crueldade! Ava era uma mulher adulta, que tomava suas próprias decisões. Você sabe disso! A culpa pela morte dela não é da minha amiga. E, sinceramente, você é a última pessoa que deveria falar sobre cuidar ou proteger alguém, depois do que fez a Ava durante todo o relacionamento de vocês.
A força dela me lembrava que eu não precisava carregar tudo sozinha, mesmo que fosse o que eu sempre fiz. Sophie s