Narrado por Apolo
O cheiro do café ainda pairava no ar da cozinha da mansão quando entrei no salão principal. Zeus estava encostado no batente da porta, com o mesmo olhar de quem sabia que o inferno ia começar a qualquer momento. Ares mexia no celular, tenso, mas em silêncio. A guerra silenciosa prestes a explodir.
Apolo: — Enzo, confirma se os homens já estão posicionados.
Enzo: — Sim, senhor. Todos em seus lugares. Câmeras funcionando, comunicação criptografada. Quando você der o sinal, nós atacamos.
Peguei o mapa estendido na mesa. Meu dedo passou por cada ponto vermelho. Aqueles eram os nervos expostos do império de Alonso, e eu seria a lâmina.
Apolo: — Alonso tem três transportadoras com mercadoria ilegal entrando por Valência. Vamos atacar a menor. A que ele menos protege. Mas que, curiosamente, tem o maior lucro. Vamos fazer ele achar que foi azar, falha humana, acidente logístico. E quando ele perceber que não foi, já vai ter perdido muito mais.
Ares: — Vamos cortar o sangue d