Narrado por Apolo
Deitei Violetta na cama como se ela fosse feita de porcelana.
Ela já estava dormindo, o rosto relaxado pela primeira vez em dias.
Beijei a testa dela, puxei o cobertor até os ombros e apaguei as luzes do quarto.
Mas eu não dormi.
Não podia.
Não depois daquela porra de rosa.
Não depois de ver o medo nos olhos dela.
Não depois de sentir o gosto da ameaça pairando sobre a minha casa, sobre minha mulher.
Saí do quarto em silêncio e fui direto até o escritório onde Zeus já me esperava. Ele sabia. Sempre sabe. Ele não precisava de explicações. Só de fatos.
Zeus:
— Já mandei puxar o backup das câmeras. Não apareceu nada nos acessos principais… mas eu pedi pro Estevão isolar os pontos cegos.
Apolo:
— Tem certeza que foi ele quem isolou?
Zeus arqueou uma sobrancelha, sem paciência pra paranoia barata.
Zeus:
— Já verificamos ele. Está limpo. E puto com a falha. Acho que você devia se preocupar mais com quem entrou… do que com quem ficou.
Sentei na frente da tela.
O sistema de