O salão da fortaleza de Magnus pulsava com escuridão. As paredes vivas, cobertas por símbolos demoníacos gravados em sangue, pareciam respirar como se o próprio castelo fosse um corpo corrompido pela magia. Tochas negras ardiam com chamas púrpuras, projetando sombras que se moviam de forma independente, como criaturas vivas, prontas para atacar.
No trono de ferro retorcido, Magnus aguardava. Seus olhos, outrora apenas de um alfa ambicioso, agora brilhavam como duas fendas incandescentes. A cada dia que passava, ele se tornava menos lobo e mais criatura, menos carne e mais sombra. O pacto com o demônio o consumia por dentro, e ele aceitava de bom grado, pois cada fragmento de sua alma perdida lhe trazia mais poder.
Um estrondo ecoou pelo salão quando as portas principais se abriram. Fileiras de lobos corrompidos entraram em marcha, guiados por alfas marcados pela escuridão. Atrás deles vinham criaturas grotescas, lobos deformados pelo pacto, seres que já não podiam ser chamados de vivo