A lua cheia iluminava o Refúgio, mas, pela primeira vez em muito tempo, não havia guerra, sombras ou preocupações em volta deles. Apenas o silêncio da noite, o vento frio batendo contra as janelas e a respiração pesada de Andreas, que observava Annabelle se mover pelo quarto com aquela calma sedutora que o enlouquecia.
Ela havia acabado de sair do banho. A toalha caía preguiçosa pelos ombros, colada ao corpo úmido. Os cabelos escorriam em ondas negras pelas costas nuas, e a pele brilhava sob o reflexo prateado da lua.
Andreas não conseguia desviar o olhar. Seu lobo rosnava por dentro, pedindo-a como sempre, mas naquela noite havia algo diferente — uma urgência, uma fome que queimava por dentro.
Annabelle notou o olhar dele, arqueou uma sobrancelha e sorriu de canto. — Você vai ficar me olhando ou pretende fazer alguma coisa, rei?
O tom provocativo bastou. Em um movimento rápido, Andreas atravessou o quarto e agarrou-a pela cintura, prensando-a contra a parede. A toalha deslizou no mes