O salão do Conselho estava silencioso, mas o silêncio não era de paz. Era pesado, sufocante, como se todos estivessem prendendo a respiração. Desde que a notícia sobre Amara, a humana reclamada pelos gêmeos Apolo e Arthur como companheira, havia se espalhado, a tensão se tornara uma constante no ar.
O rei Alpha Andreas permanecia sentado em sua cadeira de pedra escura, mas sua mente estava a quilômetros dali. Ele já ouvira todos os relatos — de Benjamin, de Bernardo, de Eva. Sabia das suspeitas, sabia das coincidências, sabia até do sussurro que crescia nas bocas mais ousadas: “E se ela for…?”
Mas Andreas não podia se dar ao luxo de agir apenas pela esperança. Havia vivido anos demais, carregado dores demais, para deixar que a emoção guiasse seus passos. Se Amara realmente fosse quem parecia ser… se fosse ligada de alguma maneira ao passado que ele e Annabelle haviam enterrado há vinte e cinco anos… então precisava de provas.
Naquela mesma noite, quando todos se retiraram do Conselho,