Nas horas que se seguiram, o quarto permaneceu mergulhado em uma estranha dualidade. O medo do desconhecido se misturava com uma determinação fervorosa de buscar respostas. Sarah, com os olhos marejados, recolheu cuidadosamente as cartas e as guardou numa caixa de madeira antiga, cujo interior era forrado com tecido de veludo escuro. Cada carta ali guardada era um testemunho de seus inúmeros encontros com o sobrenatural, mas jamais aquela leitura fora tão intensa e reveladora.
Ao se levantar devagar, sentiu o peso da responsabilidade sobre seus ombros. Ela sabia que o caminho que se abria diante dela estava repleto de perigos, mas também de verdades que poderiam salvar o que ela amava.
Determinado a encontrar um sinal, Sarah se dirigiu à pequena janela do quarto, de onde podia ver o céu noturno salpicado de estrelas. O luar banhava o ambiente com uma luz prateada que tornava cada objeto familiar em algo quase etéreo. Ela fechou os olhos por um momento, tentando ouvir o sussurro do ve