A névoa pairava densa sobre o vale, absorvendo os sons da noite e tornando a escuridão ainda mais profunda. O fogo da lamparina tremulava fracamente, projetando sombras dançantes sobre as pedras desgastadas do templo em ruínas.
Duncan estava só.
O peso dos últimos acontecimentos pressionava seus ombros, e sua mente, mesmo treinada para o silêncio e a contenção, o traía, arrastando-o de volta a lembranças que ele tentava manter enterradas.
Ele fechou os olhos, e o passado o engoliu como um redemoinho inevitável.
Era jovem quando tudo começou.
Um órfão sem nome.
Um menino perdido entre as frestas do mundo, alimentado pela fúria do abandono e pela necessidade de sobreviver.
Foi Nagato quem o encontrou.
— Duncan. Esse será o seu nome.
O agente mais velho o ergueu pelos ombros finos, e pela primeira vez, alguém o viu.
Viu o que ele poderia ser.
A Sociedade do Crepúsculo o acolheu.
Mas acolhimento, naquele mundo, não significava ternura.
Significava disciplina.
Significava sangue e suor.
Si