Duncan correu pelas sombras, seus pés não fazendo som algum contra o chão.
O ar ali era... era denso, como se submerso num lago abissal e sem fim. As paredes pulsavam, algo indistinto nelas, como se feitas de carne viva e não de pedra. Sons distantes ecoavam pelo espaço – sussurros e soluços e lamentos.
Duncan tentava ignorá-los.
A única coisa que importava agora era... era encontrar uma forma de sair daquela ratoeira antes que o inimigo o encontrasse primeiro. Antes que fosse surpreendido — de novo.
Outra vez, seus dedos tracejaram o ar, conforme sentia as asas do tempo batendo contra sua pele.
Convenientemente, sua arte — Blue Butterfly — dispensava uma ancoragem, permitindo-o manipular o tempo, mas sempre manter sua posição atual ao voltar... Exigia menos energia também — nada de deslocamento a longas distâncias no espaço, nada de acurada canalização energética antes da ativação.
Ele quase sorriu, não de alegria, mas de amargo alívio — cada revoada no tempo um véu que ele podia