SAMANTHA VASCONCELOS
Saímos do restaurante e consigo ouvir meus batimentos cardíacos. Deus do céu, mal posso imaginar a cena que Ian presenciou.
O sofrimento em seu olhar era nítido, e não gostei de causar isso nele. Juro que nunca foi a minha intenção, só quero viver minha vida.
A cara de nojo que Rose fez para mim não ajudou muito. Mas tudo bem. Como esse pessoal incrível suporta o nariz empinado e os olhares ácidos e debochados?
Talvez seja só comigo.
— Tudo bem? — Dom questiona.
Faço que não, e ele me abraça, dentro do carro.
— Vai ficar tudo bem, amor.
— Eu sei que vai, mas não queria que ele sofresse.
Ele solta o ar em um sorriso incrédulo.
— É. Eu também não.
Ele segura minha mão e acelera para casa dele.
Chegamos e vamos direto pro quarto.
Me sento na cama, Dom agacha à minha frente e tira meus sapatos. O prazer que invade meu corpo ao colocar os pés no chão é surreal.
— Meus pézinhos agradecem — sussurro.
É tão bom estar sozinha com ele. Longe de espectadores, podendo demonst