Após a conversa com seu pai e de acabar com todas as suas dúvidas, Malú foi para seu novo quarto ainda assimilando aquele comportamento de Dante. Haviam tido intimidade o suficiente para continuarem a dormir juntos, e ela desejava isso, se sentia uma tola apaixonada. Por isso se esforçou para não ser tão patética. Então, lembrou-se de que tinha um celular, apressou-se em pegá-lo, fazia tanto tempo que não se conectava que ficou assustada com a quantidade de mensagens e e-mails não lidos. Tinha uma nota de seu orientador a respeito de uma nova receita, amigos surtando com a notícia do seu noivado com Dante Villar e várias ligações de Ramón. Então, ela ligou para ele, Ramón atendeu no primeiro toque.
— Malú! — Sua voz saiu em angústia.
Ela se sentiu culpada por deixá-lo tão preocupado.
— Oi, Ramón.
— Céus, pelo amor de Deus, Malú. Onde você está? O que aconteceu? Estou à beira de ir à polícia denunciar aquele filho da puta! Me diz que ele não te fez nenhum mal.
— Não, Ramón, estou bem!