A dor latejava na minha cabeça antes mesmo que eu abrisse os olhos. Meu corpo parecia pesado, como se tivesse sido arrancado de um sono profundo e forçado a despertar antes da hora.
O cheiro familiar da madeira e do fogo crepitando na lareira me dizia que ainda estava no quarto. Mas algo estava errado. Meu instinto gritava isso antes mesmo que eu entendesse o porquê.
Abri os olhos devagar, piscando contra a leve penumbra da noite. A primeira coisa que vi foi um vulto ao meu lado. Um homem sentado na beira da cama, me observando.
Meu coração disparou.
O medo se espalhou pelo meu peito como veneno.
Me arrastei para trás no colchão, os dedos trêmulos se apertando nos lençóis. Minha mente ainda estava confusa, a dor cegando meus pensamentos racionais. Mas meu instinto gritava uma única palavra.
Perigo.
— Izzy? — A voz grave soou como um eco distante, mas foi o suficiente para congelar minha fuga.
Eu conhecia aquela voz.
Meu olhar focou no homem diante de mim, e uma onda