Levantando os olhos apreensivos para o rosto dele, ela esperou.
- Eu gostaria que Lavínia tivesse irmãos e irmãs. Você não tem objeção a isso, não é querida? Durante a primeira entrevista, recordo que me disse que gostava de crianças, não é isso mesmo?
Com o prazer misturado com uma preocupação renitente, Dafne acabou sorrindo amargamente.
- Sim, gosto muito.
- Entretanto, a meu ver, devemos ter algum tempo juntos, para nos tornamos uma família e dar a Lavínia uma chance de aceitar você como sua mãe.
Então, tão inesperado como uma emboscada, Cézar prosseguiu:
- Você nunca perguntou o que aconteceu com sua mãe biológica de minha filha, Dafne.
- Bem, eu... eu...
- Tem de ser a mulher menos curiosa que eu já conheci? – riu sarcástico.
A maneira de Cézar falar, parecia cortar como faca. Ela nada disse. Desse modo, ele a encarou, atento a cada reação.
- Seria surpresa para você saber que ela abandonou a criança?
- Não! - Foi um grito de dor que não teve como conter.
Aceitaria qualquer acus