A sala era ampla e elegante, com paredes revestidas em painéis de madeira escura que refletiam a luz suave dos abajures espalhados pelo ambiente. Um tapete persa antigo cobria o chão de tábuas largas e desgastadas, absorvendo os passos silenciosos. Na parede oposta à janela, uma estante de livros antigos guardava volumes de couro com títulos dourados, enquanto no centro da sala um sofá de veludo azul-marinho convidava ao descanso. Ela era pouco utilizada, ficava em um ambiente estratégico da casa, e Jhon vinha pouco ali, pois era o cômodo preferido de sua mãe. E ele se mantivera exatamente igual após sua morte.
Cedric estava encostado no parapeito da janela, segurando um copo de uísque âmbar que refletia os últimos raios do sol poente. Seus olhos contemplavam a figura de Jhon, sentado tranquilamente em uma poltrona próxima, mergulhado em pensamentos. A quietude do momento parecia carregar um peso invisível, enquanto Cedric imaginava, em silêncio, como seria sua vida se realmente dec