Dimitry olhou para o nada, em silêncio. Os olhos pareciam longe, enquanto pensava. Imaginei que ele estivesse tão confuso e perplexo quanto eu fiquei com toda aquela história surreal.
- Não vai me contar quem foi, não é mesmo?
- Não posso... Pela sua segurança. E das pessoas que amo.
- Você está sendo chantageada?
- Não.
Ele balançou a cabeça, confuso:
- Quem está fazendo isso com você?
- Não é o que está pensando... Eu só...
- Precisa contar ao seu pai.
- Não posso...
- Me diga o nome. Eu posso tentar ajudar.
- Dimi, por favor, não me peça isso. Só quero que entenda que não foi Robin e não acuse um inocente.
- Robin nunca foi inocente. Sempre foi um filho da puta.
- Ele não é tão filho da puta assim.
- Só falta me dizer que vai reatar com ele. – Dimitry foi irônico.
- Eu não vou reatar com ele. Sequer gosto de Robin. Mas assim como todo mundo, ele também tem seus monstros. Ainda assim, não mandou dar aquela surra em você.
- Não foi uma surra. Foi tentativa de assassinato. Sequer sei