Juan Carlos
Acordei com uma dor horrível na coluna; acabei dormindo no sofá com a minha filha em cima de mim.
Eu deveria ter um sofá mais confortável.
Levantei-me com cuidado, peguei a Nina no colo e a levei para o quarto, colocando-a na cama. Fui tomar um banho e me arrumar, pois hoje preciso me apresentar no hospital e levar todos os documentos que estão faltando para confirmar a matrícula da Nina na escola nova.
Arrumei minha pasta e estava mentalmente listando se já estava quase tudo pronto quando lembrei de uma coisa.
— Ai meu Deus, a Nina! Eu simplesmente esqueci... com quem vou deixá-la? Com certeza sou o pior pai do mundo, quem esquece da própria filha?
Entrei no quarto dela e vi que ela ainda dormia. Ela é um anjinho e uma menina tão esperta, mas só tem cinco anos. Não posso deixá-la sozinha.
— Filhinha — chamei, fazendo carinho no rosto dela para acordá-la.
— Já vou, Papito — ela falou com os olhos fechados.
— Vou fazer o café da manhã. Não demoro e já venho te chamar de no