As últimas semanas passaram como um sopro de tinta fresca e emoções acumuladas. O casarão, que antes era quase um monumento abandonado, agora exalava vida. As obras estavam praticamente finalizadas. As paredes tinham cor, os móveis ocupavam seus devidos lugares e, pela primeira vez, o silêncio dos cômodos era preenchido por uma paz confortável. Era um espaço que respirava, acolhia e se preparava para receber histórias.
Eu caminhava pelos corredores com Luiz Eduardo nos braços. Seus olhos curiosos absorviam cada detalhe, como se entendesse que aquele lugar era parte do que construiríamos juntos, parte do nosso legado. — Você vai crescer ouvindo histórias lindas aqui, meu amor — murmurei, acariciando seus cabelos finos. — Histórias de mulheres fortes, de renascimentos. Na sala principal, uma tela foi instalada com o logo do projeto. A palavra Recomeço aparecia escrita em letras delicadas, ladeada por u