Lorena
Ele me suspendeu no colo como se eu não pesasse nada. Meu corpo reagiu antes da minha mente — minhas pernas se encaixaram em seu quadril, como se aquele fosse o único lugar possível para mim. Ele me apoiou contra a parede, o calor firme das mãos em minha cintura, e voltou a me beijar com aquela urgência que desmontava todas as minhas defesas.
— Achei que não quisesse — murmurou contra minha boca, a respiração quente, quase um suspiro.
— Eu quero tudo com você… somos namorados, não somos? — minha voz saiu baixa, mas cheia de verdade.
Ele abriu os olhos, encostando a testa na minha.
— Sim. Somos — respondeu, num tom que fez meu coração tremer.
E ali, no silêncio que se seguiu, algo dentro de mim se alinhou. Eu não teria vergonha diante dele. Não teria receio. Não havia motivo. Não com ele.
Eu o amava — isso já não era dúvida, era certeza viva, pulsante. E eu viveria cada segundo permitido ao seu lado, sem medo, sem reservas, entregando tudo o que eu era… porque, naquele momento,