Capítulo 70

Na manhã seguinte, o sol invadiu o apartamento com a cara lavada de Paris.

Sophia, que tinha prometido dormir até o meio-dia, já estava de pé — enrolada num robe listrado, com duas canecas de café e os olhos brilhando de quem sabia que a história estava mudando diante delas.

— Olha isso.

— O quê?

— Télérama, Le Monde, Libération...

Você tá em tudo quanto é canto, Allegra.

Quer que eu leia ou você quer um mini infarto primeiro?

Allegra se sentou no sofá com Louis no colo, o coração acelerado.

— Vai. Me destrói devagar.

Sophia abriu o jornal dobrado com delicadeza, como se fosse um mapa de tesouro.

— “Na exposição ‘Depois do Silêncio’, Allegra Bianchi nos oferece um mergulho poético e brutal nas camadas do trauma e da reconstrução.

Seus quadros não apenas pintam — eles desnudam.

Eles não gritam — eles sussurram, e é justamente aí que se tornam inesquecíveis.”

— Ai meu Deus…

— Calma que tem mais.

“Ela é a artista da escuta.

A mulher que se silenciou para sobreviver e, agora, devolve ao m
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