Acompanhado de uma brisa leve, quase fria, que anunciava a chegada da noite. Carly caminhava até o estacionamento do hospital, sentindo o cansaço do dia pesar. As sapatilhas ecoavam discretas sobre o chão de concreto, entre os carros alinhados. Ao virar a esquina, distraída com a bolsa escorregando do ombro, sentiu uma presença se aproximando. Ela olhou para trás. O choque foi silencioso, mas intenso.
Levantou os olhos rapidamente e viu. Era Pedro, parado ali, com o jaleco meio amarrotado e a expressão de quem também tinha enfrentado horas pesadas de trabalho.
Apenas passaram um pelo outro. Mas naquele breve instante, os olhares se cruzaram como se gritassem o que os lábios não ousavam dizer. Não havia sorriso, nem palavras. Só a confissão silenciosa de dois corações profundamente marcados um pelo outro.
Ela abriu a porta do veículo e, com um misto de nervosismo, sentou-se no banco do motorista.
Pedro ficou parado, observando à distância. O orgulho cintilou em seu olhar, acompanhando