O ritmo frenético da emergência era um alívio. Trocar curativos, administrar medicação, acalmar familiares assustados – eram tarefas concretas, conhecidas, que afastavam temporariamente o fantasma do chalé e dos olhos vermelhos que agora a esperavam em casa. Elysa estava imersa na rotina, os músculos ainda lembrando vagamente do peso de Leo na cama, a pele formigando onde seus lábios haviam tocado, quando o ar na sala de espera mudou.
Ele entrou como uma brisa suave, mas o efeito foi de uma porta de celar aberta de repente. Seu pai. Trajando um terno impecável, cinza-ardósia, que parecia mais caro que todo o mobiliário do setor combinado. O sorriso que ele dirigiu à recepcionista era uma obra-prima de charme e calor genuíno, tão brilhante que iluminava os olhos cansados da mulher. Ele inclinou levemente a cabeça, trocou algumas palavras suaves, e ela sorriu de volta, completamente cativada. Elysa sentiu um calafrio percorrer sua espinha. "O próprio dia