Svetlana correu até a porta assim que ouviu o eco distante de passos se apagando no corredor. Girou a maçaneta com uma urgência desesperada, apenas para se deparar com a cruel realidade: estava trancada, mais uma vez. Bufou de frustração, socou a madeira maciça com o punho fechado e praguejou sua má sorte em russo, as palavras impregnadas de uma raiva contida.
— Проклятие! — rosnou, cerrando os dentes.
Com o coração disparado, seus olhos claros percorreram o quarto com uma mistura de desespero e determinação. Notou uma janela na parede oposta — sua única esperança de fuga. Correu até ela, mas ao tentar abri-la, descobriu que estava lacrada, com travas de segurança que pareciam zombar da sua impotência.
— Maldição! — vociferou, e sua voz ecoou nas paredes elegantes, mas tão frias quanto a situação que a aprisionava.
Deixou-se cair no chão, exausta, com as pernas dobradas sob o corpo trêmulo. As lágrimas brotaram sem controle, embaçando sua visão, enquanto a mente se preenchia de rostos