continuação.
Ele continuou me encarando pelo espelho enquanto suas mãos deslizavam lentamente sobre minha pele. O vestido já estava quase todo levantado, a respiração dele batendo quente na minha nuca, os dedos passeando com firmeza pelo meu corpo como se conhecessem cada centímetro de memória.
Então, de repente, ele parou.
Soltou o vestido devagar, deixando o tecido escorregar pelas minhas pernas como uma promessa interrompida. Passou a mão mais uma vez pelo meu pescoço, com aquele toque firme que me tirava o ar e devolvia em forma de desejo.
Beijou novamente o ponto onde antes havia apertado, suave… lento… arrebatador.
Depois se afastou.
Me virei ainda zonza, procurando sua presença com os olhos.
— Otávio...? — minha voz saiu baixa, falhada, como um pedido que eu mesma não soube nomear.
Ele apenas sorriu, aquele sorriso dele — cheio de controle, mistério e poder.
— Vou te esperar lá fora. Troca de roupa, meu amor.
E saiu.
Assim.
Me deixando ali, sozinha, com o coração ac