Olívia Narrando.

O silêncio da empresa, aquela hora da noite, tinha outro peso.

A luz suave da sala dele deixava tudo com um tom quase íntimo. As telas dos computadores ainda acesas, documentos espalhados… mas nenhuma daquelas coisas fazia sentido agora.

Eu mal conseguia me concentrar desde que ele terminou os últimos ajustes no aplicativo.

Ele tava sentado ali, na cadeira giratória, olhando pra tela… mas os olhos… os olhos estavam em mim.

Como sempre.

Como se ele me despisse só com o olhar.

Levantei, tentando disfarçar a tensão, fingindo que ia organizar os papéis na mesa… mas ele se levantou atrás de mim. Me virei… e ele já tava ali. Perto demais.

A mão dele veio direto pra minha cintura, puxando meu corpo contra o dele com força.

— Cansei de fingir… — ele disse, a voz baixa, grave… como um aviso… ou uma promessa.

Antes que eu pudesse responder… ele me beijou.

Forte. Urgente. Com gosto de saudade e desejo acumulado.

Minhas mãos foram direto pra camisa dele, abr