— Denise? — mamãe chama meu nome, batendo duas vezes na porta. — Filha?
— Oi, mãe, entra! — respondo, tentando controlar o turbilhão de emoções que ainda está girando dentro de mim.
Ela abre a porta e entra, e só pela expressão dela, já sei que ela vai querer saber tudo: por que eu fugi da escola e o que está acontecendo. Mamãe se senta na cama ao meu lado, e não consigo evitar disparar tudo, porque sei que não adianta adiar mais.
— Eu sei que o que eu fiz foi errado, eu não devia ter saído da escola.
— Não, não devia — ela concorda, puxando-me para deitar em sua perna, como se eu ainda fosse a garotinha que precisa de consolo. O gesto é tão reconfortante que me faz sentir um pouco mais leve. — Mas eu conheço minha pequena, e se você fez isso, é porque teve um bom motivo.
A voz dela é suave e compreensiva, e eu sinto um nó se desfazer no meu peito. Sabe, quando você está prestes a explodir e alguém simplesmente te abraça e te entende? É assim que me sinto agora.
As lágrimas voltam a e