Collins a levou pelo corredor com passos apressados; o ritmo dos sapatos no concreto parecia marcar a respiração de Elvira.
Ela caminhava com calma, os olhos cravados no rosto dele, observando cada micro expressão, as mãos trêmulas, o suor na nuca, o medo que transformava a fisionomia dura de policial em menino assustado.
“ Pare com isso senhora”, murmurou Collins, tentando recuperar autoridade, mas a voz falhava.
Elvira sorriu, lento, como quem saboreia uma presa. O medo dele a atiçou. Não era apenas fome agora; era um desejo primitivo, um instinto de caça que crescia com o cheiro de terror no ar.
Seus dentes formigaram por trás dos lábios. Sabia que, não podia atacar o policial, pois exalava honestidade naquele corredor e sob os olhos dos comparsas de Sabine, não podia ceder. A proibição só apimentava a ânsia e logo lembrou dos homens na cela a frente, seus olhos brilharam de excitação.
“ Não me olhe assim, Collins” sussurrou ela, perto o suficiente para somente ele ouvir. “ O seu