A maldade em Helena

A maldade em Helena

O amanhecer tingiu o horizonte com tons de cinza e sangue quando Elvira emergiu da mata. O corpo nu, coberto por manchas vermelhas secas, refletia o massacre que deixara para trás. O rio corria sereno, indiferente ao horror.

Ela ajoelhou-se à beira d’água e observou o reflexo trêmulo. Os olhos escarlates, o rosto manchado, o sangue escorrendo do canto dos lábios.

Elvira tocou o espelho líquido e sussurrou:

“ Humanos… fracos, mentirosos.”

A boca se curvou num sorriso torto, cruel. “Rejeito esse sentimento. O delegado não significa nada.”

Mas o tremor em sua voz a desmentia. Num impulso de raiva, socou a superfície da água, fazendo-a explodir em gotas prateadas.

Depois, transformou-se em fumaça escura, subindo pelos ventos do amanhecer até alcançar o casarão.

Ao adentrar o quarto, o sangue seco ainda em sua pele, foi direto ao banho. A água quente descia como lâminas, levando embora o cheiro metálico, ela nem por um momento sentiu-se culpada. Vestiu-se de preto, calç
Continue lendo este livro gratuitamente
Digitalize o código para baixar o App
capítulo anteriorpróximo capítulo
Explore e leia boas novelas gratuitamente
Acesso gratuito a um vasto número de boas novelas no aplicativo BueNovela. Baixe os livros que você gosta e leia em qualquer lugar e a qualquer hora.
Leia livros gratuitamente no aplicativo
Digitalize o código para ler no App