Continuação.
Selene permanecia imóvel, observando-me com aquela mistura de lealdade e medo. Mas foi Alaric quem quebrou o silêncio que se formou entre nós.
— Wei... — ele começou, a voz grave e contida, como se escolhesse cada palavra com cuidado. — Você e ela estão ligados. Isso torna tudo ainda mais perigoso.
Virei o rosto em direção a ele, o olhar frio, mas ele não se intimidou.
— Se você for com Lua para o submundo, os dois estarão vulneráveis. — Alaric continuou, firme. — O vínculo entre vocês pode ser usado contra nós, e você sabe disso melhor do que qualquer um aqui.
Por um instante, o salão pareceu ficar menor. O eco do meu próprio poder pulsava em silêncio, exigindo que eu o escutasse — e, pela primeira vez em séculos, hesitei.
Alaric deu um passo à frente.
— Se formos, iremos sozinhos. — disse, sem desviar o olhar de mim. — Conquistaremos o submundo de novo, estabeleceremos domínio, e só então... traremos Lua. Quando o laço for quebrado.
Selene abaixou o olhar