Continuação
Acordei devagar, sentindo meu corpo pesado, os músculos doloridos, mas o calor do quarto e a luz suave do sol entrando pelas cortinas me deram uma sensação estranha de conforto.
Virei-me lentamente para um lado… e então para o outro. Foi nesse momento que percebi.
Nós estávamos de mãos dadas. Eu ainda tremia, surpresa. Minha primeira reação foi tentar soltar, meu corpo pedindo espaço, tentando respirar sem depender de ninguém.
— Eu… eu preciso soltar — sussurrei, tentando me afastar levemente.
Selene, que estava perto, me observava com um olhar sério, quase emocionado.
— Lua… — disse ela. — Quando você desmaiou, ele também perdeu a consciência. Desde então, ele não soltou sua mão.
A informação me atingiu como uma onda. Eu olhei para Wei, deitado ao meu lado, ainda segurando minha mão com cuidado. O fio que nos ligava parecia pulsar entre nós, como se toda a noite anterior tivesse deixado marcas invisíveis, mas profundas.
Meu coração acelerou. Eu queria me