Me sentei novamente ao lado do meu advogado. O julgamento recomeçou e a promotoria chamou duas testemunhas. Eu não ouvi o que elas disseram. Estava divagando a época em que eu era realmente feliz. Fui despertada dos meus devaneios quando meu advogado chamou sua próxima testemunha.
Ele entrou e se sentou na mesa das testemunhas. Fez o mesmo juramento que eu, sobre a Bíblia. Ele não me encarou.-Senhor Montesano, conhece essa senhora?
-Sim.-E quem é ela?-A minha esposa.-O senhor sabe do que ela está sendo acusada?-Sim. Homicídio.-O senhor acredita que ela tenha cometido esse crime?-Protesto! O que importa o que ele acha?-Negado! Responda a pergunta senhor Montesano.-Não, eu não acredito que ela tenha matado aquele...-Contenha-se senhor Montesano. -Desculpe- me meritissima.-Continue. -Eu não acredito que ela tenha cometido esse crime.-E por que não?-Belinda é incapaz de fazer mal a alguém.