O amor não morre

Eu nem sei por que fiquei. Acho que o desespero no olhar dela me fez ficar. Ou talvez o meu amor é que tenha falado mais alto. Eu não sei, só sei que não fui capaz de deixá-la. Desfiz minhas malas e voltei para sala. Belinda estava sentada ao piano e tocava. Me encostei no corrimão da escada e fiquei observando-a tocar. Ela tocava uma peça melancólica após a outra. Ela estava triste.

Me aproximei e no instante que notou minha presença, ela parou de tocar. 

-Faz tempo que está ai?

-Uns dez minutos. Por que parou de tocar?

-Não sei...

-Eu gosto quando você toca.

-Eu também gosto de tocar.

-Mas parece triste.

-A peça?

-Não, você. O que há de errado Bella?

-Você nunca mais havia me chamado de Bella.

-Você se lembra que eu a chamava assim?

-Sim.

-Então há esperança.

-Sim, há.

-Mas você ainda não me disse o que há de errado.

-Nós... Eu. Acho que está tudo muito complicado.

-Você me pediu para ficar e aqui estou. Mas não quero te v
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