Saulo Lucatto
Sentei-me em minha sala, segurando a foto da mulher que se assemelhava tanto a Marina. Olhei fixamente para a imagem, sentindo uma mistura de raiva, tristeza e determinação. Era difícil acreditar que aquela mulher poderia ser Marina, minha falecida esposa.
Com a voz trêmula de emoção, falei com a foto como se estivesse falando diretamente com Marina.
— Se você for Marina, se tudo isso for verdade... Você vai pagar por tudo o que me fez passar. Pelas acusações, pelas mentiras, pelo sofrimento que causei a tantas pessoas inocentes. Não importa onde você esteja ou o que esteja planejando, eu irei encontrá-la e a verdade virá à tona.
Enquanto ainda segurava a foto, ouvi uma batida na porta. Era Wesley.
— Entre, o que você precisa de mim? – Pergunto, guardando a foto no envelope e colocando-o de lado.
Wesley entrou na sala, sua expressão séria indicando que algo importante estava em sua mente. Ele sentou-se em uma cadeira em frente à minha mesa e olhou diretamente para mim.