Lidiane Feitosa, sempre foi a mais centrada de seu grupo, porém na festa de final de ano da empresa em que trabalha acabou na cama com um cara que acabará de conhecer e dessa única noite nasceu Romeu. Quatro anos se passaram e ela foi promovida, mas o que ela não contava é que seu novo chefe é ninguém menos que o pai do seu filho. A turma está de volta e mais loucos do que nunca.
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*Flashback On*
(Anos atrás)Saí do meu estágio e encontrei Tomás me esperando. Quando me aproximei dele, notei que ele me olhou de uma forma estranha e não entendi o motivo. Ele abriu a porta para mim e entrei rapidamente. Tentei beijá-lo, mas ele recusou, o que me deixou muito chateada.Durante todo o trajeto, Tomás não abriu a boca e isso me deixou apreensiva. Tentei conversar com ele, mas ele permaneceu calado. Quando chegamos em casa, ele se virou para mim com um olhar feroz.
"Você pensa que sou trouxa?" Ele perguntou, e eu neguei veementemente. "Então, por que me trata como um?"
Eu não estava entendendo o que estava acontecendo. Ele continuou: "Lidiane, você acha que não sei o que anda fazendo? Você fica até mais tarde no trabalho para flertar com os caras. Pensa que não vi a forma que o cara te olhou? Você age como uma vagabunda barata para conquistar os homens."
Eu fiquei chocada com as acusações dele. "Por Zeus, Tomás, de onde tirou tal barbaridade? Nunca dei confiança para outro homem."
"Então, por que você sorriu? Já te falei que vejo tudo. Lidi, meu amor, você é uma burra que não presta para nada. Suas amigas são inteligentes, mas você é uma fracassada completa e sabe muito bem que se não fosse por mim, você não seria ninguém."
"Por que está me dizendo isso?" Eu perguntei, confusa.
"Alguém precisa te dizer a verdade. Seu lugar é em casa cuidando de mim. Te dou roupas caras, jóias, levo você aos melhores lugares. O que mais precisa? Quero que peça demissão amanhã e fique em casa."
Eu não podia acreditar no que estava ouvindo. Eu amava trabalhar e não podia simplesmente largar tudo. "Eu amo trabalhar, não posso fazer isso."
Ele se aproximou de mim com um olhar mortal. "Você é uma zé ninguém, inútil e imprestável. Se eu te largar, você estará sozinha no mundo. Mas, como sou bonzinho, te darei duas opções: uma é largar o trabalho, a outra é acabar como sua mãe. O que prefere?"
Eu não podia acreditar que estava sendo ameaçada por ele. Quando ele pôs as mãos ao redor do meu pescoço e começou a apertar, percebi que o ar estava me faltando. Então, levantei o dedo fazendo o número um e ele sorriu satisfeito. "Boa garota, você é burra demais para trabalhar", ele disse antes de me dar um beijo e sair. Eu fiquei lá, tentando recuperar o meu fôlego.
*Flashback off*Acordei sobressaltada, suada e tremendo dos pés a cabeça. Tive que sonhar isso logo agora? O medo do fracasso me atingiu e comecei a chorar. Sempre que preciso tomar uma importante decisão, flashbacks aparecem em forma de sonhos. Levantei e tomei um copo de água. Antes de voltar para cama, passei pelo quarto do meu pequeno filho, que dormia tranquilamente. Olhei para a razão do meu viver e respirei fundo.
Quando meu amigo Sebastian me chamou em seu escritório e me ofereceu um cargo como diretora, recusei imediatamente. Ele olhou para mim sem entender, e eu expliquei que não me sentia apta para tal cargo, pois era apenas uma recepcionista. Ele ralhou comigo, dizendo que eu deveria pelo menos tentar, mas fui taxativa. Então ele me propôs trabalhar como assistente do novo diretor que ele contratar, e eu aceitei, dizendo que se não me sentisse confortável, voltaria ao meu cargo original. Embora faça terapia há muito tempo, ainda tenho alguns bloqueios. Olhei para meu filho uma última vez e encostei a porta, indo para minha cama.
Na manhã seguinte, acordei um pouco mais animada, mas ao mesmo tempo com certo receio. Olhei-me no espelho e vi que estava com algumas olheiras, o que denunciava a minha noite mal dormida. Ainda bem que posso contar com a maquiagem para me ajudar. Preciso agradecer aos deuses da make, como diria Isis.
Fui ao quarto do meu filho para acordá-lo, mas ele resmungou e se virou para o outro lado. Chamei-o novamente e ele se levantou ainda resmungando. Como pode um serzinho tão pequeno ser tão rabugento? Deve ter puxado esse lado negativo do pai, assim como a beleza. Embora eu o tenha visto apenas uma vez, ainda guardo a foto que tirei dele naquele dia. Romeu é idêntico a ele; como pode ter sido gerado em mim por nove meses e sair a cara do doador de esperma?
Consegui animar meu filho, avisando que, se não tomasse banho, não veria Julietta no portão. Ele se apressou e comeu rapidamente a tigela de cereal que preparei. Terminei de me arrumar e fomos para o ponto de ônibus, já que meu carro estava na oficina. Chegando na creche, encontrei minha amiga com Julietta. Sua filha correu para me abraçar e ficou conversando com meu filho enquanto Isis e eu observávamos. Alguns flashes do passado vieram à minha mente e balancei a cabeça na tentativa de esquecer o ocorrido.
Os últimos três anos têm sido tranquilos, bem diferente do tempo em que estávamos grávidas. Nossos filhos são um verdadeiro milagre. Deixamos Romeu e Julietta com a tia da escola e aceitei a carona que minha amiga me ofereceu.
Conversando com minha amiga sobre os efeitos de sua gravidez e como a gestação de Casthiel está sendo diferente da de Julietta, expliquei a ela que meninos são assim mesmo. Ela sorriu e acariciou a barriga sorrindo, mas olhando para a protuberância dela, senti saudades de quando estava grávida de Romeu. Lembrei-me dos chutes, mas também dos momentos complicados que passamos, quase perdemos as crianças duas vezes. Balancei a cabeça, tentando limpar meus pensamentos, e minha amiga perguntou o que aconteceu. Disfarcei e seguimos para a empresa, fazendo uma parada em uma Starbucks para que ela comprasse seu café e depois no Subway. Desde que ela engravidou de Julietta, sua alimentação voltou ao normal, o que é uma coisa boa. No entanto, comecei a divagar sobre tudo o que aconteceu conosco mais uma vez, talvez devido ao sonho que tive na madrugada. Minha amiga estalou os dedos em frente ao meu rosto para me chamar, e eu olhei para ela me desculpando.
"O que aconteceu, amiga?", perguntou Isis com a boca cheia, o que me fez rir.
"Nada, amiga, pode ficar tranquila", respondi a ela, que sorriu. Mas logo me lembrei de algo.
Perguntei a ela quem era o novo diretor, mas minha amiga me confidenciou que Sebastian não quis contar, mesmo ela perguntando mais de uma vez. Nos perguntamos o motivo de todo esse mistério. Mesmo que não tenha dito em palavras, eu sabia que Isis estava chateada por Sebastian não ter revelado a informação.
"Amiga, sabe o pior de tudo?" ela me perguntou, e eu neguei com a cabeça.
"Sebastian me avisou que não sabe se chegará da Venezuela a tempo e me deixou encarregada de receber esse novo gestor. Mas como recepcionar alguém que nunca vi na vida?"
Desta vez, Isis estava certa eu estava muito apreensiva e resolvemos mudar de assunto e falar sobre o nosso assunto favorito: nossos filhos.
Chegamos à empresa e, antes de eu ir para a minha sala, Isis me abraçou e me desejou boa sorte. Meu celular apitou e vi que eram todos os meus amigos me mandando energia positiva. Até Lucca me desejou boa sorte e eu respondi a todos, agradecendo. Parei na sala do meu novo chefe e, antes de bater, fiz uma pequena prece para que ele não seja um chefe insuportável. Dei leves batidas na porta e recebi permissão para entrar. Assim que entrei, nada havia me preparado para o que vi.
Diz a lenda que todos nós nascemos com um fio vermelho amarrado ao nosso dedo mindinho, que se estende pelo tempo e espaço, conectando-nos à nossa alma gêmea. O fio pode esticar, emaranhar e se complicar, mas nunca se romperá. É assim que, um dia, encontraremos a pessoa que está destinada a nós.Essa história tem sido passada de geração em geração no Japão e é frequentemente usada como metáfora para o amor verdadeiro e o destino. Acredita-se que o fio vermelho conecta as almas gêmeas, independentemente de distâncias ou circunstâncias.A história do Akai Ito é uma expressão da crença no amor verdadeiro e na ideia de que cada um de nós tem um destino que nos aguarda. A lenda sugere que não importa quão longe estejamos de nossa alma gêmea, eventualmente encontraremos o caminho de volta para ela, graças ao fio vermelho que nos une.Após lermos um pouco sobre o Akai Ito percebemos que essa história se aplica bem aos nossos personagens Romeu e Julietta, fiquem a vontade para conhecer a hist
Lidiane Feitosa BaumannEu estava deitada naquela sala de parto, sentindo uma mistura de emoções - nervosismo, ansiedade e uma expectativa avassaladora. Matteo estava ao meu lado, segurando minha mão com firmeza, transmitindo-me uma sensação de segurança e apoio inabaláveis. A cada contração, eu me concentrava em sua presença, sabendo que ele estava ali para me acompanhar em cada momento.O médico e a equipe de enfermeiros se movimentavam com agilidade ao meu redor, preparando-se para a chegada do nosso tão esperado filho. Eu sabia que aqueles profissionais eram experientes e competentes, mas isso não me impedia de ficar nervosa. Afinal, trazer uma vida ao mundo é um milagre, e eu queria que tudo corresse perfeitamente.Enquanto as contrações se intensificavam, eu fechava os olhos e respirava profundamente, buscando força para enfrentar a dor. Matteo estava lá, encorajando-me a cada momento, dizendo palavras gentis e reafirmando o quanto me amava. Sua presença era um bálsamo para minh
Isis Hernandez Roux Fui buscar as crianças na escolinha como de costume. Assim que entrei na sala, a tia nos recebeu com um olhar preocupado. Meu coração começou a acelerar, já prevendo que algo não estava certo."Isis, preciso conversar com você sobre um incidente que aconteceu hoje", disse a professora com seriedade.Meu estômago se apertou e eu me aproximei, ansiosa para saber o que havia acontecido. "O que aconteceu? Está tudo bem com as crianças?", perguntei preocupada.A professora respirou fundo e explicou: "Houve uma briga na escola. Um menino estava zombando do Romeu e rindo da forma como ele fala. Julietta, então, deu um soco no menino para defendê-lo."Meus olhos se arregalaram de surpresa e eu senti uma mistura de orgulho e preocupação. Por um lado, eu admirava a coragem da minha filha em defender o amigo, mas, por outro, queria garantir que ela entendesse como lidar com seus sentimentos de forma pacífica."Entendo", eu respondi, tentando controlar minha reação emocional.
Joana Valentina estava com três anos e, enquanto brincávamos juntas em casa, ela olhou para nós com seus olhinhos curiosos e perguntou: "Por que eu tenho duas mães e um pai?"Eu sorri para ela, sentindo-me grata por sua curiosidade e abertura para entender nossa família. Me agachei para ficar na altura dela e comecei a explicar: "Querida Valentina, você é muito especial. Você tem duas mães, a mamãe Júlia e eu, e um pai, o papai Vagner."Ela franziu a testa, tentando assimilar a informação, e perguntou: "Mas por quê? As outras crianças têm só uma mãe e um pai."Eu segurei suas mãozinhas e disse com carinho: "Valentina, todas as famílias são diferentes. Algumas têm uma mãe e um pai, outras têm duas mães, dois pais ou até mesmo mais de dois pais. O importante é que todas essas formas de família são especiais e cheias de amor."Ela ponderou por um momento, processando a informação, e então perguntou: "Como as duas são minhas mamães?"Júlia se juntou a nós e respondeu com doçura: "Valenti
Joana Após a cerimônia emocionante, finalmente chegou o momento que eu, Júlia e Vagner esperávamos ansiosamente: nossa noite de núpcias. Enquanto caminhávamos de mãos dadas em direção ao nosso quarto, sentíamos um misto de felicidade, excitação e amor preencher nossos corações.A suíte estava maravilhosamente decorada, com pétalas de rosa espalhadas pela cama e velas iluminando o ambiente com uma luz suave e romântica. Eu olhava para Júlia e Vagner com os olhos brilhando, sabendo que aquele momento seria o início de uma nova fase em nossas vidas juntos.Enquanto entrávamos na suíte, Júlia me olhou com carinho e sussurrou: "Joana, estamos finalmente aqui, prontos para começar uma nova jornada como marido e esposas. Mal posso esperar para compartilhar este momento especial com vocês".Vagner, com ternura nos olhos, aproximou-se de nós e disse: "Joana, Júlia, vocês são as mulheres dos meus sonhos. Estou tão grato por termos encontrado um ao outro e por termos a chance de construir uma v
Yan Estava ansioso e um pouco nervoso na manhã do meu casamento. O sol brilhava intensamente sobre a fazenda, criando uma atmosfera perfeita para o dia mais importante da minha vida. Enquanto me arrumava, cercado pela minha família e amigos mais próximos, senti uma mistura de emoções se agitando dentro de mim.Olhei no espelho e ajustei minha gravata, tentando controlar o tremor das minhas mãos. Sabia que estava prestes a embarcar em uma jornada única, ao lado do homem que amava. Afonso era minha âncora, minha fonte de força e felicidade.Enquanto esperava o momento de nos encontrarmos no altar, meu coração se enchia de alegria. Não apenas pelo amor que compartilhávamos, mas também pela coincidência especial de dividir o dia do nosso casamento com duas amigas muito queridas, Joana e Isis.Estaríamos juntos nessa celebração, unindo nossos laços de amor e amizade. A fazenda era o cenário perfeito para esse momento tão especial. As árvores altas, as flores coloridas e a brisa suave nos
Último capítulo