O tempo parecia ter parado. Cada segundo se arrastava como uma tortura. O som dos passos apressados pelos corredores do hospital, os bipes intermitentes dos aparelhos, os sussurros de enfermeiros e médicos... tudo parecia abafado, distante. Como se eu estivesse dentro de um pesadelo do qual não conseguia acordar. Meu corpo estava ali, sentado naquele banco frio da sala de espera, mas minha alma estava presa no quarto onde meu filho lutava pela vida.
O ar estava pesado. A cada respiração, sentia o peito apertar mais. Enzo estava ao meu lado, mas nenhuma palavra era dita. Apenas o entrelaçar de nossos dedos, forte e firme, nos lembrava de que ainda estávamos aqui. Unidos. Na dor, no medo, no amor.
Foi quando a porta se abriu, e o doutor apareceu. Seu semblante não trazia boas notícias. Meu coração disparou de imediato. Meus olhos se fixaram nele, buscando desesperadamente qualquer sinal de esperança.
— Doutor? — minha voz saiu fraca, embargada. — Por favor... me diga que o Nando está be